As Estratégias de Cooperação Competitivas e Inovação – “Coopetição”
“Coopetição”
Nos anos mais recentes, o conceito tradicional de negócios como “winner takes all”, inserido nos pressupostos do paradigma puramente competitivo, está cedendo espaço para novos conceitos estratégicos, embasados nos princípios da economia de rede, cujo paradigma pressupõe que as organizações precisam cooperar e competir, para obter maior competitividade. Esta nova perspectiva de negócios, denominada de Estratégias de
Cooperação Competitivas –“Coopetição”, requer que uma rede de organizações formule estratégias de negócios voltadas à cooperação e competição, simultaneamente, de forma a capitalizar os relacionamentos e criar valor máximo no mercado.
Brandenburger e Nalebuff (1996) definem “Coopetição” como um novo e revolucionário modo de pensar que combina cooperação e competição, de forma simultânea. A idéia básica desenvolvida pelos autores é de que o negócio é um jogo, onde as organizações estão em algum tempo competindo e, em outros, cooperando com outras organizações (jogadores) em sua indústria. Ambos, cooperação e competição são aspectos necessários e desejáveis em uma estratégia de negócios. Um foco exclusivo na competição - pensamento predominante em muitos escritos teóricos sobre estratégia – permite visualizar, unicamente, a concorrência entre os agentes, ignorando os relacionamentos dos negócios, o potencial para a expansão do mercado ou a criação de formas empresariais novas e mais criativas. A cooperação procura formas para mudar e expandir os negócios, tão bem como as melhores e novas formas para competir, no entanto, visando parcerias de ganhos mútuos. Para os autores a visão
“Coopetitiva” direciona-se para a estrutura do jogo positiva, mas variável, com objetivos, parcialmente, congruentes. Esta estrutura variável deriva da presença de incertezas e oportunismos, em face das pressões competitivas das firmas interdependentes, da dinâmica do meio ambiente exógeno