De acordo com o texto, o conceito tradicional de negócios – baseado nos pressupostos de um modelo puramente competitivo – abre espaço para novos conceitos estratégicos baseados nos princípios da economia de rede, que sugere que as organizações, principalmente as inovadoras, precisam cooperar e competir, simultaneamente. De acordo com o entendimento de Brandenburger e Nalebuff, o negócio é um jogo onde as organizações competem e cooperam umas com as outras. Analisando cada aspecto, a cooperação busca maneiras de modificar e expandir negócios visando parcerias de ganhos mútuos, e a competição permite visualizar a concorrência, potencial para expansão do mercado ou a criação de formas inovadoras e criativas. De forma mais clara, os autores sustentam que cooperação acontece quando fornecedores, organizações e consumidores criam valor de forma conjunta, e a competição se inicia no momento em que for necessário dividir o mercado. Para as autoras Bengtsson e Kock, a “Coopetição” acontece quando duas organizações cooperam e competem entre si em momentos diferentes. Para as autoras, a estratégia competitiva pode se dar em diferentes formatos, que dependem do nível de competição e cooperação, como: relacionamento competitivo dominante (mais competição que cooperação), relacionamento cooperativo dominante (mais cooperação que competição) e relacionamento igual (competição e cooperação igualmente distribuídos). O relacionamento cooperativo consiste em duas lógicas de interação distintas, pois de um lado existem interesses conflitantes, e de outro lado os interesses comuns. Por estarem em constante conflito, essas lógicas devem ser tratadas com cautela, pois só assim será possível estabelecer o relacionamento “coopetitivo”. Dagnino e Padula contribuem que no relacionamento “coopetitivo” as duas forças estão simultaneamente presentes e interconectadas, e que isso na prática gera uma interdependência entre as organizações. A estratégia da “Cooperação” se mostra