Conexionismo
Getting to know a language is an act of cognition par excellence.
Nick Ellis conexionismo se insere no grupo das abordagens que procuram explicar a ASL pelo viés da cognição, ou seja, “em termos de representações mentais e processamento de informação” e que rejeitam a modularidade da linguagem e o inatismo (Ellis, 1999). Essas teorias têm como suporte a lingüística cognitiva que vê a língua como fruto da experiência humana
(a língua se constrói pelo uso e não por princípios inatos) e não separa a linguagem dos outros tipos de cognição, como o que envolve a visão, por exemplo.
1. O conexionismo
O conexionismo estuda a mente por uma perspectiva computacional, isto é, tenta descrever o processamento cognitivo à semelhança de um computador – os dados que alimentam a mente (input ou dados de entrada), seu processamento (dados ocultos) e o produto ou output (dados de saída). Mellon (2004) explica que o conexionismo assume que a aprendizagem é uma conseqüência de conexões repetidas da rede neural e se caracterizaria por mudanças de padrões dessas conexões. Segundo Gasser (1990, p.179),
“nos modelos conexionistas, todo conhecimento é incorporado a uma rede de unidades de processamento simples através de conexões que são fortalecidas ou enfraquecidas em resposta às regularidades de padrões de input”.
Ferreira Júnior (2005, p.238) descreve uma rede conexionista da seguinte forma:
Uma rede conexionista é formada, basicamente, por unidades
(numa analogia com nossos neurônios) interligadas umas às outras através de conexões (analogia com sinapses), um enfoque, portanto, fortemente apoiado na neurofisiologia humana. O processamento dessa rede é totalmente distribuído e em paralelo
(daí o termo sinônimo de rede PDP, ou seja, processamento distribuído em paralelo). Modelos conexionistas, com uma arquitetura interna como a descrita acima, são construídos na
1 A elaboração desse capítulo contou com sugestões bibliográficas preciosas