Conduta antisindical
O presente trabalho desenvolve uma análise das atitudes anti-sindicais perpetradas pelo novo grupo controlador da empresa Celpa contra o sindicato dos urbanitários do Pará e ao conjunto dos empregados no período pós-privatização compreendido entre os anos de 12998 a 2003. Para tanto se busca lançar algumas reflexões sobre o período das privatizações ocorridos neste país, mostrando que os grandes beneficiados com o processo foram, somente, os ideólogos do modelo neoliberal, os governos que venderam essa ilusão além dos grupos vencedores dos leilões que tiveram subvenção de dinheiro público para financiar a compra das empresas públicas.
No primeiro capítulo, buscando alcançar uma análise teórica da formação da classe operária no Brasil, vamos nos reportar desde o período da escravidão até a chegada dos primeiros grupos de trabalhadores imigrantes que, vieram trabalhar nas lavouras de café e posteriormente fixaram-se nos grandes centros urbanos vindo a constituir os primeiros grupos operários com ideais “estranhos” de liberdade e organização baseados nas concepções anarquistas. Com a disseminação dos ideais da revolução bolchevique, desencadeada na Rússia no ano de 1917, baseados nos ensinamentos de Karl Marx, é consolidado em nível mundial formação dos primeiros partidos comunistas que, chegando ao Brasil vão influenciar sobremaneira os anseios das lutas operárias, daí vindo a formarem-se os primeiros sindicatos com reivindicações pautadas na luta do chão da fábrica . Os anarquistas já possuíam uma estrutura sindical organizada antes da chegada dos comunistas, com toda uma história de luta contra o capitalismo buscando a redenção da classe operária através do fim do Estado.
No capítulo segundo será analisado de forma mais ampla o processo de privatização no país com ênfase na propaganda oficial que vendia uma ilusão para o conjunto da população brasileira, sob o argumento da ineficiência do poder público em gerir o seu patrimônio e prestar um bom