Comunicação e liderança
NA GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES.
José Carlos Vaz Souza Miranda*
As concepções atuais de gestão de empresas, sejam elas públicas ou privadas, buscam consolidar a qualidade na prestação de serviços e ou produtos como fator primordial para o sucesso de qualquer empreendimento. São apresentadas metodologias, ferramentas, gráficos, concepções avançadas, entretanto, muitas vezes, mesmo com todo esse aparato, a organização não consegue desenvolver bem as suas metas e objetivos. Creio que as respostas se encontram justamente relacionadas com o baixo nível de prioridade nos campos da comunicação, liderança e motivação. Observamos que estas três palavras guardam uma relação harmônica. Para Eltz (2005), a origem da palavra comunicação está no latim “communicare” , ou seja, “pôr em comum”, o que pressupõe entendimento das partes envolvidas. Nesta mesma linha, Ribeiro (1992) acentua que, depois da sobrevivência física, a comunicação é a mais básica e vital necessidade humana. Assim, não se pode falar em qualidade de relacionamento sem um bom desenvolvimento da comunicação. Infelizmente, e vale ressaltar isso, na maioria das vezes entendemos comunicação apenas como projeção de mensagens pelos mecanismos disponíveis. O escritor Rubens Alves faz um alerta quando relembra que temos muitos cursos de oratória e, nunca se ouviu falar em um curso de “escutatória”. Essa capacidade de escutar o outro dentro do espectro da comunicação é a habilidade que mais enobrece um líder. As organizações têm sofrido de uma carência de lideranças dispostas a ouvir os sentimentos, os anseios, as sugestões e mesmo os reclames dos seus colaboradores. E assim, lembrando de Maslow e de sua pirâmide das necessidades, as organizações vivenciam a crise de motivação, ou melhor, da falta dela. Chefes que nunca se aventuram no universo da escuta, possivelmente sofrem de miopia no que diz respeito à visão estratégica da organização. Neste ponto, concordo