Compra e venda
A Globalização não tem propriamente um conceito com um significado amplamente aceite e partilhado.
Entre vários autores que analisaram esta questão, encontra-se o Serge Cordellier que sustenta a origem da Globalização na década de 80 sobre empresas multinacionais e as suas estratégias de conquista de mercados.
Aos conceitos de internacionalização e de multinacionalização, a primeira pode ser definida como «um conjunto de trocas de matérias-primas, produtos acabados e semi-acabados, serviços, fluxos financeiros etc., entre dois ou mais Estados-Nação. À segunda, a multinacionalização, caracteriza-se, fundamentalmente, pela transferência e deslocação de recursos, especialmente de capital e, em menor grau, da mão-de-obra, de uma economia para outra. É por isso que, ao contrario do processo de internacionalização, a multinacionalização tem sido frequentemente alvo de protecção económica e de reacções politico-culturais nacionalistas.
Segundo o Grupo de Lisboa a Globalização refere-se à multiplicidade de ligações e interconexões entre os Estados e as sociedades que caracterizam o presente sistema mundial. A Globalização compreende dois fenómenos distintos: alcance (extensão) e intensidade (profundidade). Por um lado, define um conjunto de processos que abragem a maioria do globo e que actuam mundialmente. Por outro lado, está também implícita uma intensificação dos níveis de interação, interconjugação ou interdependência entre os Estados e sociedades que constituem a comunidade mundial. A globalização traduz a crescente interligação e interdependência entre os países em resultado da liberalização dos fluxos internacionais de comércio, de capitais, de tecnologias e de informação e do aumento da mobilidade das pessoas que se têm vindo a verificar depois da 2ª guerra mundial.
Não é um processo novo. Nos finais do século XIX e princípios do século XX, verificou-se um movimento de integração económica internacional de proporções não menos