Comentário I - Bobbio "O conceito de política"

O autor começa o texto definindo o termo política e diferenciando-a no sentido clássico da palavra e na sua utilização no pensamento moderno. Faz, então, a relação política e poder, utilizando a definição de Hobbes para explicitar esse ultimo como “consistente nos meios para se obter alguma vantagem” e defini-lo na tipologia moderna entre: o poder econômico, o poder ideológico - sendo esse o fundamento dos outros pelo caráter socializador e integrador do conhecimento valorizado pelo grupo social - e o poder político, baseado na monopolização dos meios de coerção física, do aparato repressivo, que é utilizado pela classe dominante, juntamente com todas outras instituições políticas, de acordo com Marx e Engels, para ordenar a sociedade e se manter no poder. Para isso ela institucionaliza e legitima a violência. Isso fica muito claro para nós ao observamos as jornadas de junho de 2013 e a atual conjuntura dos movimentos sociais, em que, além da presença repressiva da polícia, também se encontra a prisão arbitrária de manifestantes e militantes. Prossegue caracterizando o poder político em: sua exclusividade, o monopólio das forças coercivas, sua universalidade, sua capacidade efetiva de decisão e destinação de recursos por toda sociedade e sua inclusividade, a possibilidade da intervenção em assuntos não políticos de seus indivíduos componentes, característica definitiva do estado totalitário. Intitulado “O fim da política” o próximo capitulo explicita que esse fato depende da conjuntura e das metas do grupo social que se encontra no poder. Busca, por um fim “mínimo” da política, e o define como a ordem por ser necessária para todos os outros objetivos. Mesmo para os grupos que pregam e desordem como momento obrigatório, eles ainda tem o objetivo final de organizar a sociedade sobre outros paradigmas. Apresenta uma outra definição de política, que seria um confronto entre antagônicos, inerente ao ser humano, de particular intensidade. Mas esse conceito não seria