Resenha crítica do livro Libras? Que língua é essa? Capítulo 1
No primeiro capítulo ela discursa sobre a questão da universalização da língua de sinais, com respeito à variação regional. Em seguida, explica que a língua dos surdos é natural e não artificial, pois evoluiu com um grupo social, os surdos. Há três parâmetros constituintes na língua de sinais: configuração da mão, ponto de articulação ou locação e movimento (CM, PA ou L e M). A mesma configuração da mão em espaços diferentes representará palavras e conceitos distintos. A autora também faz uma diferenciação da língua americana de sinais (ASL) e as pantomimas, que é a arte de se expressar por meio de gestos. ASL foi criada por William Stokoe, nos Estados Unidos, e possuía características semelhantes à língua oral, já as pantomimas requeriam um processo mais demorado, pois era a representação do objeto tal como a realidade. Mais a frente, Audrei, critica o fato das pessoas acharem que a língua de sinais é mímica, pois a língua de sinais tem todas as características linguísticas de qualquer língua humana natural. Ela destaca o fato de que sinais não são gestos. Assim as pessoas que se comunicam por língua de sinais expressam sentimentos, emoções ou qualquer conceito abstrato. A língua de sinais tem sinais icônicos, porém não pode ser exclusivamente classificada como ícone. A caracterização da comunicação dos surdos é viso espacial, e a dos ouvintes oral-auditiva. A autora conta que os surdos, em sua história, por muito tempo foram privados de utilizarem sua língua natural, demonstrando a difícil relação com os ouvintes. As escolas forçavam o uso da língua oral e leitura labial, eram castigados, tendo até as mãos amarradas para que não se comunicassem através dos sinais. Os surdos tiveram que