Circulo do poder

2. Análise das personagens do filme O Círculo do poder
O filme reproduz uma história real, as personagens eram de fatos reais na época do filme, lançado em 1991 pelo diretor Andrey Konchalovskiy e foi filmado em Moscou.
A produção mostra de 1935 à 1939, onde Stálin realizava torturas e perseguições políticas com os “inimigos do Estado”, que no caso seriam os Americanos, Ingleses e Franceses; no total foram cerca de cinco milhões de presos, acusados de inimigos do povo, e cerca de 500 mil executados, um deles representado na obra, como o personagem Judeu, que por ter um gramofone, acaba sendo assassinado, o diretor mostra o medo onipresente de que um pequeno passo em falso de qualquer pessoa do povo naquele império totalitário pudesse levar à degradação, à prisão, à morte.
O ator principal, Tom Hulce, havia atuado em Amadeus de Milos Forman, e interpreta Ivan. Ivan Ganshin trabalhava como projetor de filmes, um sujeito competente, humilde, apolítico, simplório, meio bobo, pateta, mas muito bom no que fazia. Ele era um típico cidadão do Stalinismo, e venerava seu chefe ao ponto de levar imagens de Stálin para sua casa. Em uma cena do filme, a mulher de Ivan, Anastácia, lhe pergunta quem ele ama mais, sua esposa ou seu camarada Stálin, e Ivan responde que ama mais seu camarada, toda essa conversa dentro do guarda-roupa, uma forma de representar o medo do poder totalitário.
Essa personagem é um cidadão comum soviético, não é construída como um protesto político organizado, não é espontâneo e não possui uma crítica. Em todo o enredo, Ivan muda seu comportamento conforme o passar do tempo, no começo quando é chamado para o novo emprego, a impressão que se pode tirar é que está nas nuvens por trabalhar para Stálin. Em contraponto, no final do filme, a personagem muda desde o figurino até modo de falar, está muito mais sério uniformizado, e totalmente afetado por todas as experiências que passou, como se estivesse cansado da situação em que se encontra, pois no modo