Assedio moral no trabalho e suas consequencias
Prof. Dr. Nicolas Maillard (INF-UFRGS).
Escrever bem é fundamental. Ao contrário do que alguns parecem pensar, os documentos escritos são lidos e são importantes. Se seu trabalho é interessante, de alguma forma você deverá explicá-lo, seja através de comentários no código fonte, por e-mail ou em uma monografia. Mais importante ainda numa abordagem científica, ao meu olhar, o simples fato de (tentar de) colocar as idéias pela escrita obriga-nos a formatá-las, o que leva automaticamente a obter a distância crítica necessária para avaliá-las. É muito fácil viajar e fantasiar. Escrevendo-se as coisas, se enxerga muito mais o que vai sobrar.
Por isso, aqui vai a primeira dica: escrever sempre e de forma contínua, desde o início do trabalho. Nessa fase, qualquer arquivo texto ou blog serve, trata-se mais de anotações pessoais para manter um relato de suas idéias e de suas evoluções. É muito difícil, depois de digamos um ano de TC, sentar e escrever 80 páginas de uma vez. É muito mais fácil juntar o material acumulado, tendo apenas que filtrá-lo, quando se escreveu anotações desde o início.
O Norte, o Sul, o Leste e o Oeste: o plano
Escrever oitenta páginas o preocupa? Pois não é difícil, pelo menos para um assunto científico. A segunda dica, fundamental, é que não se escreve tal documento começando pela página 1 da introdução, para terminar 2 meses depois na página 80. A abordagem é “top-down”: começa-se pelo plano. O plano é o fio diretor e deve ser montado indo do geral para o particular, numa estrutura hierárquica: 1. Qual é a idéia principal, a contribuição, o recado? Isso deve se traduzir pelo título. Para obtê-lo, jogue as palavras chaves no papel, tente combinações até achar a fórmula mágica. 2. Obtido o título, pense nos capítulos. Você vai dever contextualizar e escrever o material necessário ao entendimento de suas contribuições. Em geral, isso leva a criar um ou dois capítulos. Sua proposta merece