A relação da Igreja Católica com o Estado Novo
Carla Xavier dos Santos1
Resumo: Este trabalho versa sobre a relação da Igreja Católica Brasileira com o governo do presidente Getúlio Vargas, no período de 1937-1945. Sobretudo, o mútuo apoio entre desses dois poderes, o espiritual e o temporal, nos editoriais católicos gaúchos.
Palavras-Chave: Igreja Católica, Estado Novo, Imprensa Católica.
A temática deste artigo se refere à relação entre o Estado Novo e a Igreja Católica, ou seja, a aliança entre dois poderes que tinham interesses mútuos e usaram seus poderes para se legitimar junto ao país. Pois desde a Proclamação da República, onde o Estado laicizado separa-se definitiva da Igreja, gerando a liberdade religiosa do país, a aproximação com o
Estado, possibilitaria a Igreja Católica uma ampliação de sua base social. Possibilitando uma maior segurança ao temor que a Igreja tinha em relação à difusão do comunismo ateu, a propagação de outras religiões como a maçonaria, o espiritismo e o protestantismo.
Para tal, a imprensa católica foi um instrumento fundamental que a Igreja disponibilizava. Entre muitos títulos de semanários, diários e revistas, destacamos dois dos mais importantes do Rio Grande do Sul: a revista Unitas e o semanário Estrela do Sul. Como também salientamos a Análise de Conteúdo, que foi a metodologia empregada para tal análise. Durante o período de 1937 a 1945, a atuação da Igreja, torna-se cada vez mais incisiva, junto ao operariado, através do circulismo. Se valendo de um canal direto com a comunidade, que é o caso da imprensa, possibilitou a ampliação de sua relação com o Estado e com a sociedade brasileira, pois mesmo sendo considerado um país católico, poucos eram os fiéis praticantes do catolicismo.
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Mestranda em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da PUCRS, orientanda do professor Dr.
René E. Gertz. E-mail: carlaxaviers@hotmail.com
O período