Cineclube
Sabendo que, ao interrogar a si próprio e as fontes pessoais, podemos produzir conhecimento. Podemos reconhecer que ao realizar o percurso do processo de formação humana, forma não linear, percebemos que hoje a relevância dos contextos formais e não formais, são determinantes, a própria formação dos indivíduos.
Pensando em uma Formação que previlegia a emancipação e a liberdade, deparamo-nos com a Bildung. Este, é um conceito universal de humanidade. Ela desejava, portanto, a ascensão a uma universalidade, de forma que o homem fosse capaz de sair do seu particularismo rumo ao universal, à humanidade, ficarmos aberto ao outro. A Bildung passou por processos de modificações ao longo de 200 anos, devido à diversos episódios filosóficos, científicos, sócio-culturais e políticos, as várias interpretações do conceito e as muitas teorias as quais ela pode ser incluída, torna seu entendimento muitíssimo interessante. Ela pode ser relacionada à educação e formação, o que na Alemanha é nomeada Bildung, aqui no Brasil, podemos chamar de formação.
O processo autoformativo ocorre e se propaga a medida que cresce a consciência de que somos sujeitos da própria formação e que é assumida, como projeto, a produção de uma forma própria e sempre inacabada, anexando universalmente, variados elementos e múltiplos fragmentos.
Refletindo sobre os modelos formativos dominantes na Educação formal e através da experiência pessoal, na observação em cineclubismo da Baixada Fluminense, fui conduzida a evidenciar as potencialidades desse processo autoformativo.
Podemos nos tornar verdadeiras “máquinas de guerra”, como formação humana, se realmente almejarmos. É como uma potência, conectada a um fazer, que se movimenta e abala os modelos impostos. Temos que fugir dos assujeitamentos, podemos nos construir como uma obra de arte como diz Deleuze. Escapar do corriqueiro, através da arte, da criação, da produção. Isso é uma potência de todos nós, cidadãos