Cineclube
O primeiro filme que vimos foi 12 Anos de Escravidão, este filme chamou muita minha atenção, pelo fato de que o conhecimento uma vez aprendido (não digo “memorizado”) ele jamais se perde, desde que tenha sido de fato compreendido e assim interiorizado. O protagonista principal perdeu “tudo”, tornou-se escravo através depois de um sequestro, mesmo já sendo liberto, foi levado para uma terra distante. Contudo, os seus ofícios e habilidades permaneceram com ele. O conhecimento adquirido torna-se constante e inviolável. Acho que além da questão histórica da escravidão que choca os expectadores devido às atrocidades e injustiças que acontecem, podendo o professor fazer um paralelo com os alunos a respeito da problemática do racismo ainda fortemente presente, a questão do estudo que ficou “eternizado” no personagem, também pode ser bem trabalhado, no intuito de valorizar o conhecimento.
O segundo filme foi “A hora do show”, um filme que faz uma severa crítica à uma sociedade Norte Americana racista evidenciando hierarquias invisíveis que se infiltram nas hierarquias oficiais, mostrando ao espectador os limites morais dos personagens e também os limites morais da nossa sociedade, onde as tensões racistas existentes entre negros e brancos. O filme deixa claro que existe uma diferença de papeis sociais entre negros e brancos e denuncia a o modo trágico com que a mídia e a indústria do entretenimento trabalham, no campo da legitimidade simbólica, perpetuando um estereótipo negativo da população negra, a qual torna-se submissa a população branca, propagando a permanência do racismo e a submissão de um grupo étnico ao outro. Ótimo filme para trabalhar a influência da mídia na sociedade, a disseminação do racismo pela classe dominante a qual estabelece sutilmente e até mesmo escrachadamente o papel social que o negro deve ocupar na sociedade. Mostra também a alienação do povo negro, que muitas vezes se vende e