Trabalho produtivo e improdutivo
A existência de uma classe trabalhadora como tal não depende das diversas formas concretas de trabalho que lhe cabe desempenhar, mas, isto sim, de sua forma social, pois é ela quem irá nos dar parâmetros para identificar os diferentes tipos de trabalho.
A variedade de determinadas formas de trabalho pode influir na consciência, coesão ou atividade econômica e política da classe. As formas de trabalho que produzem mercadorias para o capitalista devem todas ser consideradas como trabalho produtivo.
O Trabalho posto em ação na produção de bens não está por isso nitidamente separado do trabalho aplicado à produção de serviços, visto que ambos são formas de produção de mercadorias, e produção em base capitalista cujo objetivo é a produção não apenas de valor de troca, mas, de valor excedente para o capitalista.
Max dizia que a diferença entre o proletariado romano e o proletariado moderno é que enquanto o primeiro vivia à custa da sociedade e o último carrega a sociedade nos ombros, devem os trabalhadores improdutivos ser omitidos do proletariado moderno?
Os termos “trabalho produtivo” e “trabalho improdutivo” decorrem de longa discussão que ocorreu entre os economistas clássicos, e que Marx analisou tão completamente na primeira parte de suas teorias da mais-valia, trabalho inconcluso que foi rascunhado como o quarto volume de O capital.
A fim de entender a terminologia é necessário em primeiro lugar ter em mente que a análise de trabalho produtivo e improdutivo empreendida por Marx não implicava julgamento quanto à natureza dos processos de trabalho em discussão ou quanto à sua utilidade para os homens em particular ou à sociedade em geral, mas interessava-se específica e inteiramente pelo papel do trabalho no modo capitalista de produção.
Marx definia o trabalho produtivo no capitalismo como aquele que produz valor de mercadoria, e, por conseguinte, valor excedente, para o capital. Isso exclui todo o trabalho que não é