trabalho
28 a 30 de maio de 2008
Faculdade de Comunicação/UFBa, Salvador-Bahia-Brasil.
O DESENVOLVIMENTO DO CINEMA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
SOBRE O PAPEL DOS CINECLUBES PARA FORMAÇÃO CULTURAL
Milene Silveira Gusmão1
Resumo: Este trabalho refere-se ao percurso sócio-histórico dos clubes de cinema no
Brasil e ao papel desses espaços de sociabilidade para formação cultural de gerações que vivenciaram a experiência do cineclubismo. Faz isto, tomando como referência a articulação temática entre cultura e desenvolvimento, especialmente pela importância desse engate na contemporaneidade, e a questão do desenvolvimento como uma entre outras tantas alternativas de lidar com a questão do tempo e da mudança histórica.
Considera que as ambiências de sociabilidades propiciadas pelos cineclubes possibilitou a formação de agentes de diversas gerações que compartilhavam a percepção de que o cinema se constituía numa manifestação cultural, ao mesmo tempo em que consideravam ser o consumo cinematográfico um meio para viabilizar a manutenção ou transformação de atitudes humanas e condutas cotidianas. Compreende que esse percurso de aprendizado intergeracional possibilita atualmente a retomada de práticas cineclubistas no país, assim como viabiliza a formulação de políticas públicas para difundir e apoiar em diversos espaços sociais, especialmente nas escolas, a criação de clubes de cinema.
Palavras Chave: Cultura, desenvolvimento, cinema, cineclubes, formação cinematográfica Foram inúmeros – e ainda o são – os Clubes dos Amigos da Sétima Arte, desde aquele fundado por Riccioto Canudo, o autor do manifesto das sete artes de 1911. Os cineclubes têm sido, para algumas gerações, o santuário que fez do cinema uma forma privilegiada de recuperar o contato com o mundo, de re-conectar com a natureza e com o que a alienação moderna (a segunda natureza) estaria sonegando à humanidade num cenário de