Cidade dos Muros

Livro resenhado: Cidades de Muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo
Por:Teresa Pires do Rio Caldeira
A autora relata a respeito do novo padrão de segregação urbana, onde temos enclaves fortificados como núcleo do novo modo de segregação. Além disso, mostra a dificuldades da sociedade se organizar socialmente, interno aos muros.
Ela nos mostra muitas mudanças que este enclausuramento proporciona a seus moradores, entre elas mudanças econômicas, políticas, no êxodo de trabalhadores, o medo da violência etc.
Segundo Teresa Caldeira, nos últimos anos, o relacionamento das pessoas tem mudado significativamente, marcada pela proximidade entre grupos heterogênicos, porem com certa separação social. Isso acontece a partir da construção de muros ao redor de condomínios e pelos grandes investimentos em segurança, promovendo este afastamento social.
Os enclaves fortificados, que são espaços privados, proporcionados de alta segurança e murados, são os principais proporcionadores desse novo padrão de segregação. As pessoas por terem medo da violência e se sentirem ameaçadas, preferem deixar de frequentar espaços livres para o público e se mudam para estes enclaves, em busca da tranquilidade, segurança e comodidade.
A homogeneização proporcionada pelos enclavez impede que as pessoas de distingam convivam harmoniosamente entre classes diferentes, formando subclasses dentro de cada classe que la vive e dificultando a formação de pessoas que podem perceber a importância do ser humano na sociedade como um todo, contudo reforçando a percepção de seus direitos individuais. A partir disto surgem os condomínios fechados, um novo conceito de moradia, que da ênfase a segurança e a localização, proporcionando um estilo de vida diferenciado. Eles constituem por ambientes homogeneizados, controlados por sistemas de segurança deixando seus moradores longe da criminalidade criando espaços segregados. Este determina um lugar privado que desvaloriza o público, onde dentro deles