Cidade Antiga
INTRODUÇÃO
O tema de estudo da Obra A Cidade Antiga de Fustel de Coulangens é a evolução política e social das antigas Grécia e Roma. Nesta obra o historiador dá singular destaque às crenças religiosas e seu papel ímpar como causa de um processo evolutivo ocorrido tanto em Roma quanto na Grécia. A Cidade Antiga é uma obra em que consiste numa concepção progressista de história, a sociedade humana está num processo de evolução e desenvolvimento. Assim o autor inicia sua explicação desta evolução a partir das instituições gregas e romanas, instituições resultantes das crenças religiosas destas sociedades. Por ter um grande volume foi dividida pelo autor em cinco livros ou partes, onde cada livro destes se subdivide em pequenos capítulos. Pelos títulos destes livros pode-se perceber a linearidade da obra e o papel protagonista dado às crenças religiosas e à família. Além disso, vê-se a concepção da ideia de causa e efeito.
Os títulos de tais livros são os seguintes: o primeiro livro se chama Crenças Antigas, o segundo A Família, o terceiro A cidade, o quarto As revoluções e o quinto Desaparece o regime municipal. Assim, Fustel inicia a obra caracterizando as crenças dos antigos, pois para ele são delas que resultam as formas de instituições e a leis que regulam estas sociedades. As leis e o direito ganham nesta obra grande destaque na medida em que estes são reflexos das crenças e das formas de organização política e social de uma sociedade humana.
O presente trabalho pretende discutir de forma didática a questão da história na compreensão do direito, pois no período em que se passa a obra, é nessa época com a junção de várias culturas e vários povos que começam a fermentar instituições e praticas, as quais, mediante um complexo processo de continuidades e rupturas, irão constituir o direito moderno.
2. EXPOSIÇÃO CRONOLÓGICA SOBRE A OBRA.
Assim, o autor desenvolve a obra no sentido de evidenciar as flutuações da