Cidade Antiga
Segundo Fustel de Coulanges durante séculos a família foi a única forma de sociedade, contendo longo número de pessoas em seu quadro familiar. Entretanto esse grupo não era alto suficiente em relação as suas necessidades matérias e morais, qual a natureza humana necessita.
A pequena complexidade desse grupo de pessoas refletia também na sua concepção do divino, cada família possuía seus deuses, que obrigatoriamente eram divindades domésticas. Mas ele não contentar-se-ia por muito tempo com esses deuses, que se coloca muito abaixo que sua sapiência poderia alcançar. Para imaginar deus como o ser supremo, incomparável, deveria engrandecer de geração em geração sua concepção para se afastar da linha que separa o ser divino das coisas mundanas.
Para Coulanges a concepção religiosa, portanto, deveria crescer paralelamente a sociedade. A religião da família não se misturava com outras famílias, mas não impedia que duas ou mais se reunissem para celebração de um culto. Porém certo número de famílias se juntaram e formaram segundo a língua grega e a latina, respectivamente a fratria e a cúria. Não se pode afirmar se existiam laços de nascimentos entre estas famílias, mas é possível afirmar que junto com essa união se teve um progresso religioso, concebendo uma divindade superior para as famílias, que se sobrepunham as divindades domésticas, fizeram-lhe um altar acenderam o fogo sagrado e instituíram um culto.
Não existiam cúrias no qual não houvesse um altar e um deus protetor, o ato religioso consistia basicamente no mesmo do culto familiar, banquete sobre o altar sagrado, no qual se transformava consequentemente em ato religioso, junto com a presença da divindade que recebia sua parte de alimentos e bebidas. Essas celebrações resistiram por muito tempo, sendo ainda conservadas em Roma. Em Atenas essas festividades religiosas também conservavam suas características iniciais, mas sempre com o cuidado