choque cutural
Ética e Resp. Social
Ética e Resp. Social
02/12/2006
Ética e Choque Cultural na Empresa
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Um conhecido consultor nos relata o caso de um profissional excelente que estava há muito tempo em uma organização. Ele tinha qualificação para ser promovido a diretor mas estava estacionado no posto de subgerente. Qual o motivo? Choque cultural, segundo o consultor. Tratava-se de uma empresa alemã cujo ambiente de trabalho era circunspecto, silencioso e formal. O temperamento do gerente era oposto. Alegre e expansivo, gostava de contar casos engraçados e de rir. Os diretores viam seu comportamento como imaturo e não confiável. Podemos até imaginar dois deles tendo o seguinte diálogo (já traduzido para o português):
O que vamos fazer com o Eduardo?
Sinceramente, não sei.
Não tenho coragem de demiti-lo, pois ele é competente. Mas também não confio nele para posições superiores, ele é meio moleque.
Ele é inteligente, bem preparado, mas está fora do padrão.
É uma pena !
O consultor apresentou à direção da empresa o diagnóstico de falta de afinidade cultural. Os diretores, segundo ele, concordaram com sua avaliação “com extrema correção e sentido ético” e deixaram-no à vontade para encontrar outra oportunidade para aquele profissional. O consultor assim fez. Encontrou e ofereceu ao subgerente um cargo de direção em outra companhia, proposta que ele prontamente aceitou.
Ao mencionar “choque cultural”, o consultor sugere que o problema teria sido causado pela discrepância entre os valores da organização ― circunspecção, seriedade (restrição ao riso) e formalidade ― e os do profissional ― alegria, informalidade e riso fácil. As empresas, porém, dizem professar valores como integridade, ética, excelência, trabalho em equipe, inovação, transparência, aprendizado