mito 5
Podemos concluir que a ideia principal é a de que a regionalidade não implica em maior ou menor grau de obediência às normas cultas da língua, o que determina essa obediência é o nível de instrução de cada indivíduo.
As variações são inevitáveis, devido a hábitos locais, mas a norma culta da escrita não fica prejudicada porque pessoas em determinados locais não seguem, na fala, os padrões formais da escrita. No livro “Preconceito Linguístico”, o autor desmistifica no mito 5, o fato de que o Maranhão é o lugar onde melhor se fala o português.Pois o fato de usar algumas formas verbais clássicas,não quer dizer que haja uma generalização no uso da norma culta como um todo,por toda população,vindo a construir-se mais um regionalismo linguístico pois o fato do melhor falar não depende da região geográfica,como ele mesmo cita no livro.Essa visão foi influenciada pelo fato de ser comum, na região o uso do pronome tu e de formas verbais clássicas como as faladas em Portugal,mas não percebe que na mesma região há uma tradição em utilizar o pronome ti na forma de sujeito (“Tu vai”,”Tu fica”,”Tu quer”,”Tu deixa disso”.)
Não há local onde se fale o melhor ou o pior português, isso depende da posição social ou da necessidade que surge nas comunidades, como melhor forma de comunicação entre as pessoas; O uso linguístico de uma região precisa atender às estas necessidades, pois do contrário novas modificações irão acontecer na forma de comunicação oral e talvez até escrita.
Esse mito deve ser combatido porque é necessário respeitar igualmente as variedades da língua. Não existe língua “melhor” ou “pior” e sim uma variedade linguística nacional que deve ser vista de forma correta pelos estudiosos e pelas pessoas, como uma maneira de melhor promover comunicação entre as pessoas. Em um país com uma extensão territorial tão grande como o Brasil, ocorrem influências de vários povos diferentes