chocolate
Pessoas que não vivem sem chocolate são fáceis de encontrar. O produto é consumido no mundo todo e, para muitos, não se trata só de um alimento, mas, sim, de uma verdadeira fonte de energia ou até mesmo de um ótimo calmante para aliviar o estresse do dia a dia. O que poucos sabem é que o chocolate já era consumido e venerado pelos povos maias e astecas.
Não há registros de quem descobriu o cacau, fruto com que é feito o chocolate, mas é possível dizer que essa amêndoa tenha origem nas regiões tropicais das Américas do Sul e Central. Surgiu milhões de anos atrás, na Floresta Amazônica, entre os Rios Orenoco (que nasce na Guiana e se estende pela Venezuela) e Amazonas.
A mitologia também dá sua contribuição. Conta uma lenda asteca que Quetzalcoatl, Deus da Lua, roubou uma árvore de cacau da terra dos filhos do Sol, para presentear seus amigos, os homens, com chocolate, a delícia dos deuses. Essa lenda deve ter influenciado Carlos Linnaeus, botânico sueco, que classificou o cacaueiro Theobroma cacao, do grego Theo (Deus) e broma (alimento).
Quando, em 1519, os espanhóis iniciaram a conquista do México, sob o comando de Fernando Cortez, notaram que os nativos ofereciam aos deuses estranhas bebidas escuras. Ficaram intrigados, mas logo descobriram sua origem: eram feitos dos frutos do cacaueiro, uma árvore quase sagrada para os índios.
Os astecas chamavam de cacahuatl o fruto da árvore, e de tchocolath a bebida fria e espumante feita com ele. Tchocol: amargo; ath: água. Foi, aliás, com uma taça dessa bebida que o Montezuma, o último imperador asteca, que governou o território onde está localizado o México entre 1502 até 1520, recebeu Cortez em sinal de boas-vindas e de consideração.
Os espanhóis não conheciam o chocolate e acharam o gosto da bebida amargo. Cortez, porém, não tardou a descobrir seu efeito poderoso. Como escreveu ao imperador Carlos V, “uma taça da preciosa bebida permitia aos homens caminhar um dia inteiro sem