Caso Clínico
Nome: Ana
Idade: 30 anos
Sexo: Feminino.
Estado Civil: Casada
Habilitações: Mestrado em Gestão de Empresas.
Profissão: Gestora de uma multinacional.
Nacionalidade: Portuguesa.
Agregado Familiar:
- Marido, 30 anos
- Filho, 5 anos
2. Motivo da consulta
Ana apresenta-se na consulta pela primeira vez contrariada e devido à persistência do marido. A cliente queixa-se das reclamações constantes do marido, dizendo que este acha que nos últimos tempos ela anda completamente “fora de si”, apresentando comportamentos agressivos quando é contrariada ou irritada. Para além disso, Ana diz que o marido acha que ela já não tem mais paciência nem para si nem para o filho de ambos, e que apenas quer saber dos programas de televisão, não demonstrando deste modo interesse por mais nada. Ana considera os seus comportamentos normais, e além disso acha que o marido é que está a fazer “filmes”. Contudo, admite que não quer perder o marido e o filho e por isso está disposta a fazer o que for preciso para controlar os seus “ataques de fúria”.
3. Dificuldades Atuais
Ana apresenta-se com um comportamento agressivo e defensivo. Inicialmente revelou-se um pouco agitada mas com o passar do tempo foi estando mais colaborante.
Identificam-se como principais áreas de dificuldade da doente as seguintes: emoções lábeis com escaladas rápidas para a raiva, uma clara diminuição do interesse nas atividades em
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família e no trabalho. Ana afirma que não percebe porque é que está na consulta ("Não percebo esta insistência toda para vir à consulta, sou apenas uma pessoa com pouca paciência, os outros é que me provocam e fazem com que me irrite facilmente").
Define que tem “ataques de irritabilidade”, e que se irrita “por tudo e por nada”.
Ana diz-se cansada de ouvir as opiniões dos seus subordinados e diz não ser capaz de aceitar um pequeno erro destes, o que abalou muito as relações com os colegas. Ana relata que não confiam tanto em si como