Caso Clínico
Introdução:
Apesar de a dor cervical crônica (ou Cervicalgia) também poder ter um início brusco, consequente de uma crise aguda que não cede, na grande maioria dos casos ocorre de forma progressiva.
A Cervicalgia é uma dor persistente, intermitente ou oscilante, que normalmente aumenta de intensidade com a realização de determinados movimentos ou com a adoção de certas posturas.
O paciente com Cervicalgia geralmente relata uma melhora quando está em repouso e exacerbação da dor com o movimento.
Fisiopatologia da Cervicalgia
Seu desenvolvimento ocorre primariamente por meio da instalação de forças anormais sobre a coluna (alterações discais, alterações osteocartilaginosas e alterações capsuloligamentares).
Essa biomecânica alterada gera novas lesões locais, que liberam mediadores de inflamação, principalmente dos discos vertebrais. Os mediadores então estimulam nociceptores, encontrados nas articulações sinoviais, no ânulo fibroso do disco intervertebral, nos ligamentos paravertebrais ou nos vasos e nervos protegidos pela estrutura óssea da coluna.
As causas psicogênicas ou psicossomáticas têm a fisiopatologia ainda menos clara e o que se infere até agora é que a dor é percebida no córtex cerebral.
Anatomia da Coluna Cervical
A coluna cervical está envolvida com o processo de sustentação e movimentação da cabeça e proteção das estruturas neurais e vasculares.
É constituída por sete vértebras, sendo que as duas primeiras (atlas e áxis) apresentam propriedades distintas das restantes. O atlas tem a forma de anel, não possui corpo vertebral e se articula com a base do crânio através da articulação atlantoccipital, sendo responsável por grande parte do movimento sagital da coluna cervical. O áxis possui proeminência que emerge do seu corpo vertebral, chamada processo odontoide, a qual se projeta para o interior do atlas, formando um pivô sobre o qual a articulação atlantoaxial consegue efetuar a rotação do