Case Enron
Este case explora a Enron Gas Services, que era uma subsidiária da Enron Corporation e que funcionava como um hibrido entre uma companhia de gás natural e uma instituição financeira. A ideia do CEO Jeff Skilling era a de encontrar um meio de explorar a posição da Enron no segmento de gás natural por meio da criação de um “banco de gás”, que operaria de modo similar a um banco comercial. Este “banco” seria um intermediário entre compradores e vendedores de gás, obtendo seu lucro por meio da diferença entre o preço de compra e venda, do mesmo modo como os bancos comerciais exploram a diferença entre depósitos e empréstimos. Deste modo, os depositantes eram os produtores de gás, que colocavam o dinheiro (gás) no banco, e os consumidores eram os tomadores de empréstimos.
Assim como um banco, a organização agruparia depósitos (compromissos de fornecimento) para financiar compromissos de longo prazo, de 15 anos ou mais. No entanto, ele não poderia depender das variações das taxas de juros, uma vez que um forte aumento nessas taxas de juros aumentava os pagamentos aos depositantes sem um aumento correspondente nos influxos das suas carteiras de empréstimos de longo prazo, o que tornava clara a necessidade de que um banco de gás tivesse um programa mais intenso de administração de ativos e passivos operando.
A empresa não esperava que de imediato houvesse interesse pelo produto ofertado, mas se surpreendeu. A EGS foi desenvolvida de modo a ofertar uma variedade de serviços a fornecedores e consumidores de gás, tais como transporte, logística e sistemas de back-office, permitindo ainda inovações em contratos, especialmente em termos de contratos de longo prazo e preços fixos. A EGS buscava a segmentação do mercado e a criação de produtos específicos para cada um dos seus mercados, o que a tornava única. A grande promessa da EGS era a de fornecer entregas de produtos e serviços confiáveis de gás a preços previsíveis, com risco limitado para