Contabilidade criativa
É uma manipulação da realidade patrimonial da entidade, onde os gestores utilizando-se das flexibilidades e omissões existentes nas normas contábeis alteram propositalmente o processo de elaboração das demonstrações contábeis, alterando significativamente a verdadeira situação patrimonial da entidade.
Origens do termo
Atualmente distingui-se claramente duas correntes de estudos, a norte-americana e a européia.
O termo contabilidade criativa é originalmente americano earnings management. As traduções, além de serem distintas, possuem conotações diferentes, os que a consideram uma manipulação propriamente dita, com a finalidade exclusiva de alteração da real situação patrimonial, financeira e/ou econômica da entidade, utilizam o termo contabilidade criativa. Enquanto os que acreditam que a sua aplicabilidade consiste em uma estratégia contábil, decorrente de um conhecimento considerável da matéria em questão, e não um manejo das contas, adotam o termo gerenciamento de resultados.
Objetivos
Os objectivos da contabilidade criativa subdividem-se em 3 grandes grupos, cada um deles com práticas específicas: melhorar a imagem da organização; estabilizar a imagem da organização ao longo do tempo; debilitar ou piorar a imagem da organização.
Fatores facilitadores
Fatores que facilitam a existência das práticas de contabilidade criativa:
Assimetria da informação entre quem elabora e quem analisa as peças contabilísticas e financeiras.
Aspectos relacionados com o comportamento (as diferentes personalidades, os valores culturais).
As características das normas contabilísticas.
Implicações da contabilidade criativa
As implicações são distintas conforme o tipo de utilizador. A situação mais preocupante é aquela que ocorre com o processo de tomada de decisão: se os dados que sustentam o processo de tomada de decisão foram objecto de trabalho criativo, é de esperar que as decisões tomadas não sejam as adequadas e necessariamente válidas se