CAPÍTULO I - A HISTÓRIA DA CRIANÇA E A INCLUSÃO
1. A HISTÓRIA DA CRIANÇA E A INCLUSÃO
Pouco mais de dez anos, as crianças com deficiência começaram a ser nomeadas como elegíveis para as instituições de ensino. Ocorreu primeiro em escolas especiais e depois, foram inseridas nas escolas regulares e unidas em classes chamadas especiais. Há muito pouco tempo tivemos o início do processo de inclusão dos alunos ditos especiais nas instituições regulares onde o desafio reside além de mantê-las em salas de aulas, mantê-las com qualidade de trabalho realizado.
1.1 História Social da Criança
A infância e a adolescência tem sido em toda a história, objetivo de políticas, de ação ou omissão do Estado e também como figura de ação de família e da sociedade. FALEIROS (2005, p. 171).
Durante muitos séculos, crianças e adolescentes, foram tidos como alguém que não tem fala ou como membros da infantaria dos exércitos medievais, ou como objetos do setor doméstico. FALEIROS (2005, p. 171).
Até por volta do século XII à infância não era conhecida. A criança parecia ser apenas uma pessoa em miniatura. ARIÈS (2006, p. 17).
Não se pensava como normalmente acreditamos hoje, que a criança já contivesse a personalidade de um homem. Elas morriam em grande número. As minhas morrem todas pequenas, dizia ainda Montaigne. Essa indiferença era uma consequencia direta e inevitável da demografia da época. (ARIÈS, 2006, p. 22).
Segundo Ariès o sentimento da infância não era existente na idade medieval. Não significava que as crianças eram largadas, abandonadas e sim que a infância não tinha o mesmo significado de hoje. ( 2006, p. 99).
Corresponde á consciência da particularidade infantil, essa particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto, mesmo jovem. Essa consciência não existia. Por essa razão, assim que a criança tinha condições de viver sem a solicitude constante de sua mãe ou de sua ama, ela ingressava na sociedade dos adultos e não se distinguia mais destes. (ARIÈS, 2006, p.