cadeia de valor
ANÁLISE DAS TRÊS PRINCIPAIS CORRENTES: a economia ambiental, a economia ecológica e a economia marxista.1
Prof. Jefferson Marçal da Rocha2
Introdução:
Diante da problemática ambiental a ciência econômica se subdividiu em três correntes: a economia ambiental, baseada na economia neoclássica, e por isso mesmo, concentrando sua análise sobra a escassez/ abundância de recursos, a economia ecológica, que tenta incorporar aspectos dos ciclos biogeoquímicos e intercâmbios de energia – termodinâmica- na análise dos desgastes ambientais, e a economia marxista, que vê a problemática ambiental como mais uma contradição do sistema capitalista, e, assim, entendem que o valor dos recursos naturais se dá pela relação social entre os seres humanos. Neste trabalho se propõe uma análise destas três propostas, considerando as limitações e os avanços de cada uma delas.
A Ciência econômica foi uma das ciências sociais que mais se desenvolveu nos últimos dois séculos, isso porque foi uma das que melhores comprovações empíricas obteve, tanto por dados matematicamente verificásseis como por acontecimentos históricos. Para demonstrar seus fundamentos teóricos os cientistas econômicos tiveram, até a metade do século XX, subsídios aparentemente irreparáveis, a expansão das relações socioeconômicas parecia levar todos para um único fim, o capitalismo avançado (MORIN e KERN, 2000;
ROCHA, 2003). O mainstram liberal prevaleceu mais ou menos intacto, até o último quarto do século XX.
Um dos economistas mais lidos e respeitados deste período, Paul Samuelson3, vê a problemática da utilização da natureza como uma mera externalidade, pois, a utilização dos recursos da terra, nas palavras de Samuelson, está repleta de “efeitos de vizinhança”. Para controlar estes efeitos teriam que haver decretos institucionais fixando as zonas de controles públicos do uso da terra. A exaustividade dos recursos naturais, as formas deturpadas de