Cadeia de Valor

Introdução
No atual ambiente da Administração, seja nas empresas ou na academia, o gerenciamento de Cadeias de Valor é um tema recorrente. Todavia, quando se promove uma discussão profunda, submetendo o assunto a um processo de reflexão científica, percebe-se a necessidade de definir com precisão o que aqueles termos realmente significam. Além disso, analisando-se textos de autores como Porter e Shank & Govindarajan, nota-se que suas definições são incorretas ou incompletas.
Porter (1989, p.xvi) discute como sistematizar o estudo das origens do custo e da diferenciação nas empresas que conquistam vantagens competitivas. O autor parte da premissa, com a qual se deve concordar, de que as atividades são os pilares da construção de vantagens competitivas, sendo consumidoras de recursos, por um lado, e criadoras de valor, por outro. Ele considera que, para identificar e agir sobre a origem dos custos e sobre as fontes de diferenciação, duas alternativas não necessariamente excludentes de posicionamento estratégico, deve ser realizada uma Análise da Cadeia de Valor na qual cada empresa está inserida. Concorda-se também, integralmente, com Brimson (1996, p.63) quando diz que, se são as atividades que convertem recursos em produtos, então o foco nas atividades permite entender “... o modo como uma empresa emprega seu tempo e recursos para alcançar os objetivos empresariais”.
Tanto Porter (1989) quanto Shank & Govindarajan (1993) criticam a Contabilidade
Gerencial “tradicional” que, segundo eles, utiliza o conceito de valor agregado para produzir informações. De acordo com Shank & Govindarajan (1993, p.6), “a contabilidade existe [...] para facilitar o desenvolvimento e a implementação da estratégia empresarial.” Segundo estes autores (1993, p.54-55), o grande problema da Contabilidade “tradicional” é que ela começa muito tarde e termina muito cedo. Dizem isso porque consideram que a Contabilidade
Gerencial, quando baseada na análise do valor