Breve pensamento sobre Psicologia e Direito

Dentro da perspectiva da Psicologia, é possível identificar os conteúdos inconscientes e os conflitos como elementos inerentes aos comportamentos humanos. Diante deste fato, faz-se presente a interdisciplinaridade entre o Direito e diversos núcleos de conhecimento como ferramenta útil para um maior alcance da norma, de modo a permitir que se dê respostas jurídicas muitas vezes às demandas de ordem inconsciente. Tal interface tem mostrado que o ordenamento jurídico não tem sido suficientemente apto à solução de litígios de uma maneira satisfatória, muitas vezes por apresentar soluções automáticas, desprovidas em seu cerne de qualquer consideração à verdadeira vontade das partes, desejo este será que será encontrado pela interação com as demais profissões, sobretudo comportamentais, como a Psicologia e a Sociologia. Exemplo disso, são situações em que inconscientemente inexiste o intento de desenlace entre as partes e, diante da tentativa de resolve-las por se arrastarem ao longo dos anos, o operador do direito simplesmente confere uma saída exegética ao cenário diante dele formado. A mediação é uma forma de acesso à justiça que tem como principal foco a transformação do conflito, uma vez que estimula o diálogo entre os envolvidos,sem priva-los de direitos, de modo a atingirem uma elucidação daquilo que os fizeram litigar dada uma melhor percepção de seus problemas.

Na mediação, são dadas vez e voz às pessoas, com o auxílio de uma terceira que,num mesmo patamar, oferece ferramentas para que entre as primeiras forme-se um entendimento. Já na arbitragem, existe um submetimento das partes a um laudo arbitral, decisão proferida por indivíduo sem intervenção estatal designado para a controvérsia.

Na conciliação, sugere-se às partes um acordo para que, mediante concessões recíprocas, tais pessoas cheguem a um consenso em relação ao conflito que se