Boas, seu método.

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Franz Boas, desde os seus estudos iniciais na academia, passou por aulas com professores que em sua maioria eram céticos em relação ao evolucionismo e tinham tendência ao difusionismo. Ele precisa, e se torna dependente, de uma base empírica sólida. Assim, percebemos que “a principal tarefa do antropólogo consistia em coletar e sistematizar dados detalhados sobre culturas particulares. Só assim então seria possível dedicar-se a generalizações teóricas sobre culturas particulares.” (ERIKSEN, História da Antropologia, 2001.)

Para Boas, antes de se pensar nos fenômenos aparentemente semelhantes como algo vindo das mesmas causas, tinha que ser questionado se esse desenvolvimento foi feito independentemente ou se teria sido transmitido de um povo ao outro. Desse modo, sendo contrário ao método dedutivo do evolucionismo. Boas defendia um novo “método histórico”, aposição ao comparativo. Esse método era “o estudo de culturas tomadas individualmente e de regiões culturais delimitadas” (BOAS, Antropologia cultural. P. 16).

A metodologia de Boas foi importante à teoria e ao método antropológico, pois o mesmo relativizava a cultura. Essa percepção de valores relativos, em relação à cultura, ajudou, também, a lidar com as questões difíceis que surgiam, como a questão da diversidade cultural. Um exemplo dessa diversidade pode ser encontrado na linguagem, num povo estudado por Boas, os esquimós. Assim sendo, “tomemos, por exemplo, o caso da ‘água’. Em esquimó ‘água’ é só água fresca para beber; água do mar é um termo e um conceito diferente” (BOAS, A mente do ser humano primitivo, 1938. P. 145). Desse modo percebemos as diversas perspectivas e significados que uma palavra pode ter em diferentes culturas. Não só a palavra, como por exemplo, percepções diferenciadas de se compreender e dar significados à determinados sons. Sendo, tudo isso interiorizado pelo o indivíduo devido ao costume cultural que está habituado. “Cada ser humano vê o mundo sob a perspectiva da cultura

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