As limitações do método comparativo em antropologia. franz boas.
Franz Boas nasceu em 9 de julho de 1858, em uma família judaica liberal. Não iniciou sua carreira científica na Antropologia, mas sim na Física, adquirindo o título de doutor nesta disciplina no ano 1881, quando tinha apenas 23 anos de idade. Sua inserção na Antropologia teve início a partir de uma viagem para Baffinland, onde vivenciou sua primeira experiência em campo, enquanto trabalhava com um grupo com esquimós, com o objetivo de desenvolver um livro sobre psicofísica. Em 1886, mudou-se para os Estados Unidos da América para ensinar na recém-fundada Universidade Clark, em Massachusetts, transferindo-se, em 1899, para a Universidade de Columbia, na cidade de Nova Iorque. Durante sua carreira, orientou grandes autores como Margaret Mead, Melville Herkovits, Ruth Benedict e o brasileiro Gilberto Freyre. Faleceu em Nova Iorque, no dia 21 de dezembro de 1942, aos 84 anos de idade, deixando um grande legado para esta ciência. Pai da Antropologia contemporânea, Boas foi pioneiro nas ideias de igualdade racial, contrapondo os evolucionistas, tão numerosos em sua época. Criticou o etnocentrismo, a linearidade evolutiva e os determinismos biológico e geográfico, dentre vários outros elementos e formulações.
O livro Antropologia Cultural é uma coletânea que traduz, para a língua portuguesa, cinco artigos retirados do livro “Race, Language and Culture”, organizado por Boas em 1940, que continha, em sua forma original, sessenta e dois textos que o autor julgava serem os mais representativos de sua carreira. Os textos escolhidos para o livro Antropologia Cultural são: “As limitações do método comparativo da Antropologia”, 1896 — cujo conteúdo é o objeto desta resenha; “Os métodos da etnologia”, 1920; “Alguns Problemas de Metodologia nas Ciências Sociais”, 1930; Raça e Progresso, 1931; e “Os