As limitações do método comparativo - franz boas

As limitações do método comparativo e o novo método histórico – Franz Boas O Culturalista Franz Boas defendia a ideia de que a diferença entre os diversos povos, grupos de indivíduos e sociedades humanas era uma diferença de culturas, e não de “grau de civilização”. Para ele, ao contrário do que acreditavam os estudiosos evolucionistas, a humanidade não se desenvolvia sob o olhar de uma história única, linear e hierarquizada na qual todos os homens se encaixam. Segundo Franz Boas, o método comparativo, utilizado pelos evolucionistas a fim de explicar suas teorias, era um tanto que despótica, já que o método estaria na conclusão de que fenômenos semelhantes eram resultados de causas semelhantes, sem levar em consideração as variações e as características históricas sofridas pelos fenômenos. A partir de tais disposições, Boas propõe sua teoria e cria um novo método, que terá como objetivo o estudo do indivíduo e não de suas deduções.
O “novo método histórico”, proposto pelo antropólogo alemão, leva em consideração os diferentes contextos humanos em que se encontram os objetos que serão comparados, dessa forma ele foge do aspecto normatizador da corrente evolucionista, que parte direto a comparação sem antes observar o contexto do que está sendo comparado. Ou seja, esse mesmo método lança um olhar mais profundo as causas internas ou psicológicas, pertencentes a certa cultura, e as causas externas como meio ambiente, distribuição geográfica e causas históricas dessa mesma cultura e de outras sociedades também. Com isso, acreditava-se que, estudando detalhadamente os costumes e culturas de um determinado grupo e reduzindo a aplicação deste método de comparação a um território restrito e bem específico, ou a comparações de sociedades estritamente vizinhas, a ideia de causa e efeito poderia ser alcançada com uma melhor fundamentação, e não apenas dada como pressuposto de teorias dedutivas evolucionistas.
Dessa forma, o novo método de Franz Boas se opõe, de uma forma