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"Disseram que meu colega estava mais bem preparado", diz Lucio. Ou seja, a promoção foi lenta e a empresa mudou de opinião no meio do caminho. Em casos assim é preciso não descuidar do desempenho sem relaxar e manter o assunto quente na cabeça do chefe. "Não deixe o assunto morrer", diz Ana Luiza, da Assert.
Moral da história
Deixe tudo, ao máximo, formalizado e fuja dos prazos indefinidos. Trate os acordos para contratação, aumento ou promoção como um produto perecível. No começo, eles precisam ser cuidados. Depois precisam ser consumidos rapidamente, antes que estraguem. Quanto mais a combinação demora a ser cumprida, maiores as chances de ela não passar de uma mera promessa.
Quando a promessa vira prejuízo moral
Empresas são menos organizadas do que parecem. As estratégias e as pessoas mudam. O que não está definido e aprovado pode se perder nos corredores. Em processos de contratação, promessas ilusórias começam a virar questão para a Justiça do Trabalho.
Quando o candidato se sente prejudicado por ter sido privado de sua fonte de sustento, ou porque parou de procurar emprego ou porque pediu demissão crente de ter conquistado uma nova vaga, a Justiça reconhece ações movidas pelos profissionais.
O advogado João Paulo Sérgio, professor da Escola de Direito da FGV, aconselha ao profissional que quiser exigir reparação da empresa se munir de provas.
O que vale é o que está registrado por escrito. Promessas verbais só têm valor se houver testemunhas da conversa, algo que quase nunca acontece.
Quem procura emprego deve ficar atento ao acordo pré-contratual, em que as empresas comunicam salários, benefícios e cargas horárias ao candidato escolhido. De acordo com João Paulo, ao formalizar o contrato, o empregador