Bioplastico
TRAZEM MELHORIA AMBIENTAL
Anna Paula Sotero
(Unicamp - Newsletter-Labjor)
O crescimento populacional e econômico, na maioria dos países ocidentais, teve como conseqüência um aumento enorme na produção de lixo. Dados estatísticos mostram que, no Brasil, são despejados de 240 a 300 mil toneladas diárias de resíduos urbanos (RSU) no meio ambiente, dos quais, cerca de 19% são plásticos. A produção anual de plásticos é de aproximadamente 2,2 milhões de toneladas, dos quais 40% destinam-se à indústria de embalagens. Futuramente, essa porcentagem estará nos aterros sanitários. Para contornar esses problemas estão sendo estudadas alternativas, como a reciclagem de produtos constituídos de plásticos e a substituição dos plásticos covencionais por biodegradáveis.
Os plásticos biodegradáveis são materiais que se degradam completamente ao ataque dos micróbios do meio ambiente. Os microorganimos , quando em contato com os plásticos biodegradáveis, secretam enzimas que quebram o material em segmento cada vez menores.
Um dos plásticos biodegradáveis mais promissores é o polihidroxibutirato (PHB). Ele é produzido por uma grande variedade de organismos, cuja função, basicamente, é substância de reserva. Isto quer dizer que, para diversos organismos, principalmente bactérias de solo, o PHB é sintetizado quando existe grande oferta de alimentos, em geral açúcar, gorduras e álcoois e consumido quando falta, da mesma forma que nós produzimos nossas “gordurinhas”. No Brasil, as experiências com o PHB, feito à partir da cana, estão adiantadas graças à descoberta de uma bactéria, Alcaligenes eutrophu, que superalimenta com açúcar, armazena energia na forma de resina plástica.
Em 1992, a Cooperativa dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Copersucar), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) estabeleceram um protocolo de cooperação técnica, com o