Arquitetura religiosa
O Barroco português é considerado, por muitos, uma extensão do Maneirismo, cujos princípios estavam ligados ao Concílio de Trento, ou seja, maioritariamente religioso. As igrejas apresentam, geralmente, a mesma estrutura, ou seja, fachadas simples, decoração contida (exceptuando talvez o altar-mor), planta rectangular. Estas eram as características que marcavam os princípios austeros e rígidos da igreja e do poder régio. Alguns eruditos chamam-lhe o Barroco Severo. Neste período, encontramos arquitectos portugueses, nomeadamente João Antunes ou João Nunes Tinoco (igreja de Santa Engrácia, em Lisboa).
Com o Renascimento, surgem as plantas de forma circular, prolongando-se pelo Maneirismo. Assim, encontramos a igreja e claustro da Serra do Pilar, de Diogo de Castilho (século XVI/XVII).
Igreja de S: Gonçalo, Amarante (1705);
Igreja do Senhor da Pedra, Óbidos, (1740-47);
Igreja do Senhor da Cruz, Barcelos.
Além destas igrejas, encontram-se um pouco por todo o país inúmeras capelas. Devido à duração do Maneirismo em Portugal, há zonas em que se passa do maneirismo para o Rococó, pelo que se encontram muitos edifícios de planta octogonal e hexagonal. É um momento em que se prevê já o chamado Barroco Pleno, em que encontramos, por um lado, plantas rectangulares de influência maneirista, por outro, os edifícios mais decorados. É tempo do terramoto de 1755, que destruiu inúmeros edifícios.
É nesta altura que o rei começa a mandar construir edifícios não só religiosos mas também civis., nomeadamente alterações no Paço da Ribeira. Foram feitas inúmeras encomendas de desenhos, livros, feitos por artistas estrangeiros. Esta arquitectura é, então, marcada por uma decoração essencialmente de talha dourada, nas paredes e retábulos e azulejaria, sentindo-se, também, uma certa sobriedade estrutural.
É assim que é definido o começo da arquitectura religiosa joanina. É um estilo que se desenvolve, maioritariamente, no Norte com Nicolau Nasoni