Bilinguismo
A inclusão escolar é um movimento que faz parte da inclusão social, e ambas vem passando por transformações, sendo elas através das abordagens: do oralismo, da comunicação total e do bilingüismo. O oralismo é uma abordagem educacional que propõe a integração da criança surda perante a comunidade ouvinte, visa levar a criança em direção à “normalidade”, negando a surdez e enfatizando a fala. Este método foi e é muito criticado, pois tenta ensinar o surdo a falar, por considerá-lo como um ouvinte com defeito e com a aquisição da fala tem a possibilidade de se igualar aos ouvintes. Apesar de ser uma abordagem muito criticada pelos próprios surdos, nunca tiveram oportunidade de participar das discussões acerca de suas vidas, sempre foi discutido pelos ouvintes, desrespeitando seus direitos, o objetivo maior do oralismo era de ensinar o surdo a falar e isso não teve um resultado satisfatoriamente, que influenciou para a formação de uma nova abordagem. A comunicação total, que é um trabalho voltado ao atendimento e à educação de pessoas surdas, passando a entender o surdo como um sujeito, e não como alguém portador de uma doença. Essa nova corrente não impôs técnicas e recursos para estimulação auditiva, leitura labial, oralização, entre outros, mas deu liberdade para que houvesse o resgate de comunicação, seja por meio da oralidade, dos sinais, da soletração ou até mesmo pela combinação de todos os modos. Neste período passou a ser utilizado o português sinalizado, ou seja, a língua portuguesa produzida em sinais, limitando a aprendizagem da leitura e da escrita pela criança surda. E por conta dificuldade de assimilação entre a fala, os sinais e os resultados, fizeram surgir uma outra abordagem, o bilingüismo. O bilingüismo tem como objetivo educacional tornar presente duas línguas no contexto escolar do aluno surdo, de forma a garantir à criança surda o desenvolvimento lingüístico e cognitivo