bigot 3
Através da Curva de Bigot
Carlos Maurício Fontes Vieira*, Hygina Sales Feitosa e
Sérgio Neves Monteiro
Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF)
Laboratório de Materiais Avançados (LAMAV)
Av. Alberto Lamego 2000, Horto, Campos dos Goytacazes - RJ
*e-mail: vieira@uenf.br
Resumo: Este trabalho tem por objetivo avaliar a etapa de secagem de cerâmica vermelha, através da curva de Bigot, que representa a variação da retração em função do conteúdo de água de umidade das peças. Para este estudo foram preparadas composições com adições de areia a uma massa de cerâmica vermelha nos seguintes percentuais: 5, 10, 15 e 20% em peso. Inicialmente corpos-de-prova foram preparados por extrusão e secos em temperatura ambiente e em estufa a 50 °C, com controle da variação dimensional até peso constante. Os resultados indicaram que o “enfraquecimento” de massa cerâmica vermelha, através da adição de areia, contribui para a redução da quantidade de água necessária para a obtenção de uma massa plástica e conseqüentemente, para redução da retração. A adição de areia também contribuiu para a redução da água intersticial através da melhoria do empacotamento das partículas. Palavras-chaves: secagem, cerâmica vermelha, argila, areia, curva de Bigot
1. Introdução
A secagem é uma etapa bastante delicada e complexa no processo de fabricação de cerâmica vermelha. É comum nesta etapa ocorrerem defeitos de secagem nas peças e que são perceptíveis somente após queima. A compreensão dos mecanismos envolvidos na secagem permite por exemplo, uma melhor compreensão dos defeitos e da forma de como evitá-los.
O objetivo da secagem é o de eliminar a água, utilizada na etapa de conformação, necessária para a obtenção de uma massa plástica. A eliminação de água ocorre por evaporação através do aporte de calor, efetuado mediante uma corrente de ar1,2.
Sabe-se que quando se mistura uma argila com certa quantidade de água, obtém-se uma massa coesiva que pode