Bestializados ou Bilontras
R: Para o autor, passada a euforia provocada pela Proclamação da República e após a população perceber que o avanço liberal não acompanhou a liberdade e uma maior participação da população na política, o povo viu que aquela política não era algo sério, que a promessa de grandes mudanças que a República pretendia fazer não era para valer, a política virou tribofe. Sendo assim, o bestializado era aquele que acreditava, que levava a política a sério e que se deixava manipular. Como coloca o autor: “Quem apenas assistia, como fazia o povo do Rio por ocasião das grandes transformações feitas à sua revelia, estava longe de ser bestializado. Era bilontra”. Ou seja, o bilontra era o espertalhão, o gozador, aquele que sabia que não adiantava acreditar na política.
2) Qual o padrão de comportamento da população do RJ em relação ao Estado?
R: A população estava distante do Estado. Via-o como um prestador de serviços, a quem se recorria quando era necessário. As reivindicações e reclamações eram sempre no sentido de cobrar a falta de ação do Poder Público em determinado setor ou reclamar contra algo que a população achava que o Estado estava sendo arbitrário e passando dos limites.
Não havia oposição ao Estado, nem reivindicação sobre a participação da população nas decisões. Isso demonstrava que a população não via o Estado como uma responsabilidade coletiva e da política como esfera pública. Como aponta o autor “É uma visão antes de súdito do que de cidadão, de quem se coloca como objeto da ação do Estado e não de quem se julga no direito de a influenciar”.
3) Quais os elementos o autor lança mão para explicar o inativismo da população na política, mas o seu ativismo em outros setores?
R: O autor aponta vários elementos para explicar o distanciamento da população com a política e seu ativismo em outros setores como a organização de