Bestializados ou bilontras
No cerne desta temática, o capitulo V, do livro: os bestializados, do historiador José Murilo de Carvalho, traz a tona a emblemática de como se estabeleceram as relações entre a nova forma de governo e sua população, especificando exatamente em seus estudos a cidade do Rio de Janeiro, que naquele momento era a atual capital administrativa do regime republicano brasileiro.
Intitulado: Bestializados ou Bilontras (o mesmo de espertalhão, gozador), este capitulo aborda sobre diferentes primas às visões ou expectativas geradas em torna do cidadão republicano brasileiro. Ao iniciar sua proposta de estudo o autor lança de premissa que, ao se instaurar o sistema republicano criou-se uma inúmera quantidade de expectativas e anseios por parte dos intelectuais da época e das lideranças de uma certa elite republicana sobre a ação popular neste novo regime, como também houveram aspirações dos líderes das alas operarias mais radicais para que esta população tivesse um vida política mais ativa com o novo estado.
Neste momento, esperava-se da população brasileira a mesma reação que aconteceu em países europeus quando instauraram suas repúblicas, ou seja, que este povo agora tivesse consciência da possibilidade de sua ação política, formando partidos políticos, discutidos idéias sobre o gerenciamento do estado, influenciando nas decisões estatais, enfim, uma organização civil ativa que agisse diretamente no estado e estabelecesse os direitos e os deveres neste novo tempo da sociedade brasileira.
Entretanto para perplexidade de ambos a população carioca em sua boa parte, estava organizada através associações civis de caráter comunitário que não tinham entre seus interesses ações