bestializados ou bilontras
“BESTIALIZADOS OU BILONTRAS?” - CAPITULO V Sociologia Jurídica
Os Bestializados: O Rio de Janeiro e a Republica que não foi / José Murilo de Carvalho. Cap. V. - São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
Ana Carolina Feu. 2ºP/B – Direito.
No final do século XIX, final do regime Republicano no Brasil, surgiu uma série de expectativas e anseios sobre qual seria o direcionamento deste novo regime e de como se daria a entre os cidadãos e o republicanismo. Esse capítulo aborda sobre diferentes primas às visões ou expectativas geradas em torna do cidadão republicano brasileiro. Uma organização civil ativa que agisse diretamente no estado e estabelecesse os direitos e os deveres neste novo tempo da sociedade brasileira.
“A liderança radical do movimento operário não parava de se queixar da apatia dos trabalhadores, de sua falta de espírito de luta(...) o povo incapaz de pensar e de sentir.”
Porém, para surpresa de ambos a população carioca em sua boa parte, estava organizada através associações civis de caráter comunitário que não tinham entre seus interesses ações ou atividades que promovessem, por exemplo, formações de partidos políticos, estas organizações civis tinha fins de cooperação e assistência para determinados grupos.
“Por outro lado, estes cidadãos inativos revelavam-se de grande iniciativa e decisão em assuntos, em ocasiões, em métodos que os reformistas julgavam equivocados. Assim é que pululavam na cidade organizações e festas de natureza não-politica.”
Esse comportamento da sociedade carioca fez que muitos pensadores, que ao enxergarem a apatia política desta população, principalmente os membros das elites, classificaram esta população de vários nomes pejorativos, como; ignorantes, imbecis, e até de bestializados. Essa postura das camadas das elites de descrença e desprezo pelo povo, do qual não compreendiam este como povo era fortalecida através das grandes festividades e arruaças que esta população