Banalidade do mal

589 palavras 3 páginas
Banalidade do mal é uma expressão criada por Hannah Arendt (1906-1975), téorica politica alemã, em seu livro Eichmann em Jerusalém, cujo subtítulo é "um relato sobre a banalidade do mal". A Teoria da Banalidade do Mal, que é tida como um desafio ameaçador a toda e qualquer sociedade ou cultura. Nessa perspectiva, a autora convida coerentemente o leitor a pensar refletidamente sobre filosofia, de forma que sejam formulados questionamentos que ultrapassam as fronteiras do tempo, a exemplo da habilidade de um Estado em coibir a prática de ações violentas, apresentando por conta da sua soberania, alvos graficamente organizados. O pensamento arendtiano apresenta ainda o conceito inovador sobre a ação cruel que conduziu ao holocausto grande parte da etnia judia, a qual fora sacrificada sem explicações. A expressão “banalidade do mal” não procura rebaixar sua gravidade, mas aumentá-la. O mais horrível do mal moral é que autênticas perversões se apresentam e são vividas muitas vezes como atos triviais, indiferentes, quase bons... Se chego a acreditar que algo mau é um direito meu (ou um dever) é muito mais fácil cometê-lo.
Apontado como um monstruoso carrasco nazista, responsável pelo planejamento e operacionalização da chamada "solução final", a figura de Eichmann se apresenta, diante de Arendt como um funcionário pronto a obedecer a qualquer voz imperativa, incapaz de refletir sobre seus atos ou de fugir aos clichês burocráticos. É nesse ponto que Arendt se depara com a confluência entre a capacidade destrutiva e a burocratização da vida pública. Quando, então, do julgamento perante o tribunal de Jerusalém, referindo-se às acusações de crimes contra os judeus, o ex-oficial repetia que era inocente, no sentido da acusação (...) Com o assassinato dos judeus não tive nada a ver. Nunca matei judeu nem não judeu – nunca matei um ser humano. Nunca dei uma ordem para matar fosse um judeu, fosse um não-judeu; simplesmente não fiz isso. A perplexidade maior gerada pelo seu

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