ATPS Teorias Psicanaliticas
O complexo de castração foi descoberto, percebido por Sigmund Freud a partir da análise de um caso de fobia em um menino de cinco anos, o Pequeno Hans, é descrito pela primeira seu trabalho Sobre as Teorias Sexuais das Crianças (1908). De acordo com Nasio (1997), o conceito de “castração” não está relacionado com a experiência literal de mutilação dos órgãos sexuais masculinos, propriamente ditos. Em psicanálise, o conceito se refere a uma experiência psíquica, vivida pela criança (por volta dos cinco anos de idade) e determinante em sua futura identidade sexual. Para melhor entendimento falaremos um pouco sobre a fase fálica. Fase Fálica (dos três aos seis anos)
Segundo Freud, nesta fase a criança, desenvolve uma forte atração sexual pelo progenitor do sexo oposto e sentimentos agressivos e de hostilidade em relação ao progenitor do mesmo sexo. É, no plano da fantasia e a nível inconsciente, a primeira experiência de amor heterossexual. No caso dos rapazes, o desejo de afastar o pai e de ficar com a mãe só para si é um conflito inconsciente denominado complexo de Édipo.
O rapaz receia, tem pavor de que o pai castigue o seu desejo sexual pela mãe retaliando de forma severa. E que forma mais severa do que cortar o mal pela raiz? O rapaz teme que o seu pai o castre eliminando assim a base ou a fonte dos seus impulsos. Ao temor inconsciente de perder os órgãos genitais deu Freud o nome de “ansiedade de castração” ou “complexo de castração”. Esta fantasia da criança tem, de acordo com Freud, efeitos positivos: dá-se o recalcamento do desejo sexual incestuoso e forma-se um mecanismo de defesa chamado identificação. O rapaz irá imitar e interiorizar as atitudes e comportamentos do pai. Ser como o pai fará com que este pareça menos ameaçador. Identificando-se com o pai (com os aspectos desejáveis do pai) o rapaz transforma os seus perigosos impulsos eróticos em afeto inofensivo pela mãe ao mesmo tempo em que, de uma forma indireta, satisfaz os