Aspectos relacionados à variável pessoas
A gerência da fábrica de Pituba percebeu que o problema de qualidade dos módulos recebidos de Caratinga estava lhes causando grandes dificuldades. Na prática, causou problemas com clientes que reclamavam de produtos que continham os módulos fabricados por Caratinga. Como resultado, a área de operações de Pituba primeiramente adicionou uma segunda inspeção final de seus produtos acabados. Mais recentemente, adicionou uma inspeção quando da recepção dos 12 módulos de baixa qualidade enviados por Caratinga. Havia ocasiões em que o número de módulos rejeitados era suficientemente grande para frear ou até parar temporariamente a produção. Nessas ocasiões, para manter o cronograma de produção, a fábrica de Pituba tinha que trabalhar em regime de horas extras. Em conseqüência, Pituba incorria em despesas significativas para corrigir as unidades defeituosas recebidas de Caratinga.
Desde a instalação dos procedimentos de inspeção na chegada dos 12 módulos, a fábrica de Pituba tem rejeitado aproximadamente 8.000 dólares por semana em módulos. Na maior parte das vezes, esses módulos foram armazenados na categoria de pendentes, aguardando o encerramento da disputa entre as duas fábricas sobre qual delas deveria realizar o reparo. Somente quando ocorria falta de módulos em perfeito funcionamento, eram feitos reparos em unidades que haviam sido rejeitadas para manter a produção em ritmo. A fábrica de Pituba tinha continuado o processo normal de reparos nos demais 30 tipos de módulos sempre que, durante a inspeção final, era descoberto um defeito oriundo de tais módulos.
Por seu lado, a gerência de Caratinga acreditava estar cumprindo com a sua obrigação de manter um nível de qualidade da ordem de 95% ou mais em cada partida enviada a Pituba. Além disso, era alegado que, pela utilização de métodos de amostragem estatística na inspeção, uma conseqüência óbvia era de que algumas unidades abaixo do padrão não seriam detectadas e que as despesas com