Aspectos de O queijo e os Vermes. Ginzburg
“O Queijo e os Vermes”, Carlo Ginzburg.
Teresina, 2013.
RESOLUÇÃO
Questão 1:
Carlo Ginzburg, Historiador medievalista Italiano, é o principal representante da micro-narrativa histórica, mas genericamente dessa corrente atual denominada de “Nova História”. Essa Nova Historia busca quebrar com o pragmatismo, o positivismo daquela História Clássica, que narrava metodicamente os “Feitos dos Reis e Políticos”, ou seja, das Elites no poder numa trajetória histórica. A parti de um olhar de baixo para cima, que abri uma serie de novas perspectivas sobre o tema estudado. Esse novo modelo propõe uma história feita de baixo, a parti da condição de uma classe subalterna. Ginzburg vai mais além, em narrar uma micro-história, uma história de vida em particular, inserida em uma classe subalterna num contexto histórico abrangente. Esse modo de fazer história facilita a compreensão do leitor, além de aproximá-lo dos personagens e do cotidiano dessas sociedades. Torna o estudo da História -por si só tão fascinante- mais interessante e instigante. O Livro Queijo e os Vermes surgi por acaso, a partir de uma pesquisa sobre curandeiros e feitiçaria medieval. Ginzburg depara-se com uma farta documentação sobre um processo da Inquisição que interrogava um pequeno moleiro. Esse caso num primeiro momento foi passado despercebido e ignorado, porém com o tempo, despertou o interesse do Historiador que se dedicou a escrever esse grande Clássico da História. Assim Ginzburg passa a estudar a fundo aquele caso específico, além de desvendar os mistérios da cultura popular e a cultura erudita na idade média, a circularidade entre elas. Ele acaba mostrando toda uma confluência de saberes, mitos, doutrinas e tradições presentes naquele momento, momento este, de grande agitação no campo filosófico, sobretudo teológico.
Questão 2:
O Livro surge a partir de documentos históricos primários encontrados por acaso, como ele mesmo diz. Ele dispõe de uma