As organizações vistas como organismos - Morgan
Enxergar a organização como uma máquina produz várias limitações. A principal é que uma máquina é um sistema fechado que não sofre influência do meio externo. Uma abordagem interessante e bastante utilizada é relacionar a organização a um organismo vivo, é usar como metáfora a visão orgânica.
Analisando as organizações como organismos, consideramos as empresas como ambientes abertos, ou seja, que sofrem e influenciam o meio onde estão inseridas. Ver organizações pela metáfora do organismo é aceitar como verdade o ciclo de vida de todo ser vivo que: nasce, desenvolve, cresce e morre. Sendo assim acredita-se que toda empresa deverá ter um fim.
Ver a organização como orgânica é não aceitar que existe uma única melhor forma de se executar dada tarefa, que organismos semelhantes agem de maneiras diferentes em situações semelhantes. É ver um o funcionário como um indivíduo único, com necessidades e ambições particulares e mutáveis ao longo do tempo.
Na metáfora mecânica a ênfase está no alcance dos objetivos, já a metáfora orgânica foca a sobrevivência. O equilíbrio entre os interesses organizacionais e dos trabalhadores é fator fundamental para a sobrevivência. Estratégia, estrutura e tecnologia devem estar alinhadas de forma a proporcionar vida longa à organização.
Empresas de base tecnológica e que operam em ambientes de constante mudança estariam fadadas ao fracasso com uma visão mecanicista. Adaptação rápida é questão de sobrevivência. Empresas de consultoria não podem ter processos padronizados, seus produtos são únicos, exclusivos.
Uma tendência natural é se criar ideologias, defender uma posição. Alguns defendem ferozmente a metáfora mecânica, já outras a orgânica. Talvez o ideal seja o equilíbrio entre ambas as metáforas. Empresas são sistemas sóciotécnicos, na minha visão, impossíveis de serem dirigidas com uma visão funil.
Homo Economicus
A administração