As jornadas de junho

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As revoltas do séc. XXI, marcadas inicialmente pela Primavera Árabe, que se inicia no ano de 2011, começa a mostrar força em Junho de 2013 no Estado de São Paulo, Brasil. Considerada com Jornadas de Junho pelo autor Licoln Secco, as manifestações começam com o MPL (Movimento Passe Livre), que surgiu em 2005, como consequência da insatisfação pelo aumento das tarifas, inicialmente em Salvador (2003) e posteriormente em Florianópolis. Esse movimento tem pauta voltada para a redução das tarifas do transporte público, pauta adotada no período citado. As manifestações em sua primeira onda (mês de Junho) repercutem no atual aumento feito, fazendo com que em mais de cem cidades esse valor seja reduzido, porém, posteriormente ao alcance do objetivo inicial, as manifestações tem continuidade e passam a ser de caráter puramente político.
Os quatros primeiros atos do MPL ocorreram no dia 6, 7, 11 e 13 de junho, e limitara-se a um número pequeno de manifestantes (os dois primeiros contando com cerca de 2 mil pessoas), que se encaixam dentro do esperado para o movimento. Porém, a divulgação da excessiva repressão policial contra jornalistas e manifestantes acaba por 'sensibilizar' a população, que adere a pauta e sai as ruas fazendo com que o ato seguinte, realizado no dia 17 de junho, leve uma maioria significativa as ruas, cerca 250 mil pessoas. Como consequência as tarifas de ônibus e metro são reduzidas.
No dia citado a ..Folha de São Paulo... realiza uma pesquisa durante a manifestação e constata que 71% dos manifestantes participavam pela primeira vez de um protesto e 53% tinham menos de 25 anos, porcentagem que se justifica devido ao fato de desde o ano de 1992 não ocorrer protestos de tal amplitude no país. Dentre os manifestantes, 77% tem ensino superior. Com relação a preferência partidária, 84% não tem preferência. Esses dados acabam por mostrar que a maioria dos manifestantes são pertencentes a classe média.
A preferência partidária no Brasil sempre foi baixa.

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