Jornadas de Junho 2013
Instituto de Economia
2º Semestre de 2013
CE-205_Turma B – Ciências Sociais para Economia
Prof. Mariana de Azevedo Barretto Fix
Heitor Mobílio de Pádua Melo
Eduardo Gomes Maximiliano
Há algo que dá coesão ao movimento? Hipótese: Reforma política e crise de representatividade.
Capítulo 1: O que deu coesão ao movimento e sua relação coma crise de representatividade
Com base nas pesquisas midiáticas e pelo acompanhamento das manifestações de maio junho e julho de 2013, pode-se traçar uma tese para a coesão social existente dentre o grupo de manifestantes. Essa coesão tem por finalidade nos auxiliar no entendimento das causas do movimento, muito além dos chamados e demandas das ruas.
A observação dos fatos e a análise social pormenorizada no trabalho indica que, durante as manifestações, houve uma mudança no que se pode chamar de “cimento social” dos manifestantes ao longo do curso das manifestações. Como Max Weber o faz ao analisar os tipos puros, é claro que não há apenas um motivo de coesão dentre os manifestantes e também ele não se dá da forma pura teorizada no presente trabalho. Apesar disso, a análise teórica de uma idealidade de coesão ao movimento, que muda conforme as manifestações avançam, nos auxilia a entender o fato social, tão recente e complexo em seus detalhes.
Inicialmente a proposta do Movimento Passe Livre (MPL) leva às ruas manifestantes engajados coma causa dos transportes públicos acessíveis à população como um todo ao reivindicarem menores tarifas para o usuário do serviço. O aumento da passagem na capital paulista era a principal pauta do início das manifestações, em que os 20 centavos incrementais ao preço da passagem serviram de incentivo às ruas. Mas, durante nesse período, um fator importante para as manifestações tomarem proporções maiores foi a repressão policial aos manifestantes em São Paulo capital. A repercussão nas mídias sociais, que contrastava a repercussão dada