As Imagens Tecnicas
Com a entrada das ideias do regime moderno, as imagens afastam-se do seu contexto metafísico, isto é numa relação de causalidade para o sagrado, na medida em que remete para a existência divina cujo meio de transporte é facultado pela interiorização da imagem como algo transcendental. Este propósito da imagem, ao ser progressivamente abandonado, conduz a uma nova forma de perspectivar a imagem, esta fundamenta-se agora, não numa perspectiva interior religiosa, mas projecta-se para um enquadramento exterior baseado nos sentidos e na percepção humana do tempo e do espaço. Neste aspecto a imagem releva para uma característica mais pedagógica, porque exige um maior estudo sobre a tridimensionalidade e a sua quantificação, o estudo das imagens por vectores (ou as imagens vectoriais). A impressão das imagens e o seu registo, definem os moldes em que a mesma é registada e a sua dimensionalidade obedece a uma proporcionalidade, um tecnicismo e a um conjunto de regras que predispõem a um acto técnico que assentam agora na base de produção de imagens naturais - (pode referenciar-se aqui a sequência dos nºs de Fibonacci: a observação da natureza pelos conceitos matemáticos – a grande atracção matemática no mundo da biologia porque se começou a perceber que essa sequência e a proporção entre esses números apareciam várias vezes na natureza: no desenvolvimento da concha de moluscos, das folhas de um girassol, etc…).
Estava assim iniciado o processo para a elaboração das «imagens técnicas» e para a sua execução, o recurso à ciência por métodos quantificáveis através da matemática, da geometria e da óptica. “Brunelleschi e Alberti”, chamaram-lhe a «perspectiva artificial» porque estes processos na elaboração das imagens baseavam-se em actos técnicos cuja origem era criada por pensamentos da racionalidade humana da sua natureza. O homem projectava a sua percepção e o seu conhecimento a partir de si e dos seus conceitos científicos; “o