Artigo52
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Tecnóloga em Saneamento Ambiental, Graduanda em Geografia.
E-mail: mariadcluz@hotmail.com
O Trabalho tem por objetivo avaliar criticamente a obra
“Os (Des)Caminhos do Meio Ambiente” de Carlos Walter Porto e contextualizar sobre o movimento ecológico de caráter político-cultural.
Os (Des)Caminhos do Meio Ambiente
GONÇALVES, Carlos Walter Porto. Os (Des)Caminhos do meio Ambiente. 14 ed. São Paulo. Contexto, 2008.
A degradação ambiental causada pela sociedade, nunca foi tão questionada. Os recursos naturais estão sendo utilizados, de forma inconsciente, como se não houvesse fim, sem preocupação com o acesso das gerações futuras aos recursos naturais em abundancia. Existem, atualmente, movimentos ecológicos que lutam em prol da natureza, erguem a bandeira verde e tentam transformar as questões ambientais em problema exclusivamente técnico. Carlos Walter debate sobre esse assunto em seu livro “Os (Des)
Caminhos do Meio Ambiente”, desenvolvendo um estudo sério e realista da situação problema em que a sociedade se sustenta.
O livro é estruturado em 16 capítulos, sendo o primeiro, introdução. Num total de 144 páginas, trata questões que envolvem a natureza, seu conceito e suas contradições, sendo suas conclusões baseadas na história e na cultura da sociedade.
De uma forma interessante, o autor discuti o conceito de natureza no ocidente que emergiu na Grécia Antiga e foi se modificando em diferentes épocas, como na Idade Média, Moderna e Contemporânea. A Idade Moderna é marcada pelo antropocentrismo, o homem como o centro do universo, que passa a ser uma espécie superior, apoderando-se da natureza por meio da ciência e da técnica, podendo ser evidenciada com a Revolução
Industrial. A ciência da natureza e a ciência humana são separadas e qualquer relação entre ambas como uma forma orgânica torna-se complexa, dando a ideia de que o homem é não natural. Com isso, Carlos Porto chega a uma importante conclusão, o conceito de natureza é construído por