Testando
PREFÁCIO
Algumas vezes, a linguagem com que nos comunicamos normalmente – Português,
Espanhol, Inglês, etc – é ambígüa para expressar situações especiais. Por exemplo, alguém pergunta: “O que nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?” O leitor para e pensa, pensa, pensa,... e finalmente responde com toda sabedoria: “O ovo, porque...” Ou quem sabe: “A galinha, porque...” Esta é uma típica situação onde a linguagem que usamos, normalmente falha. Na verdade, a própria linguagem nos induz a pensar que “ovo” e
“galinha” são coisas distintas na natureza, o que não é verdade. Não existe “ovo” sem
“galinha”, e vice-versa. A linguagem funciona como uma verdadeira armadilha. Ao permitir a separação “ovo” e “galinha”, a linguagem aprisiona nosso pensamento, fazendo crer que estas duas coisas são distintas e existem na natureza de forma independente uma da outra.
Nossa comunicação na linguagem tradicional é linear. Contamos histórias de maneira seqüencial, uma coisa depois da outra. Toda vez que temos que expressar algo que envolva um caminho circular, onde se tem uma cadeia de eventos do tipo A é causa de
B, que por sua vez é causa de A, nossa linguagem engasga e nosso raciocínio normalmente é falho. Tais situações circulares apresentam efeitos de realimentação
(feedback) e são básicas para explicar a dinâmica da natureza, isto é, o processo evolutivo desta ao longo do tempo.
A disciplina Dinâmica de Sistemas (System Dynamics) é antes de tudo uma nova linguagem que permite expressar mais adequadamente as cadeias de eventos circulares
(loops) existentes na natureza. Através de diversos tipos de diagramas (causais; estoque e fluxo) é possível expressar graficamente um sistema (um pedaço bem delimitado da natureza) possibilitando ver mais claramente, a complexidade dinâmica (ao longo do tempo) das relações entre as partes do mesmo.
As relações circulares de causa e efeito (realimentações) são comuns nos sistemas agroindustriais. Por esta razão, a